Discípulo e sucessor de Anaximandro, Anaxímenes escreveu uma obra (Acerca da Natureza) na qual tratou do problema do princípio das coisas e da origem e desenvolvimento do universo a partir deste princípio. O movimento eterno deste princípio é causa do nascimento, da mudança e do desaparecimento das coisas.
Para Anaxímenes, esse princípio originário era o Ar. Simplício, em sua Física, afirma que par Anaxímenes “a natureza subjacente é uma e infinita, mas não indefinida, como afirmou Anaximandro, mas definida, porquanto a identifica com o ar; e que ela difere na sua natureza substancial pelo grau de rarefação e de densidade.” Enquanto para Anaximandro, o Ápeiron era um princípio indeterminado, para Anaxímenes, o Ar infinito – princípio originário – é infinito em grandeza, mas qualitativamente determinado. Por meio de Simplício, Anaxímenes afirma:
“O ar se diferencia nas várias substâncias segundo o grau de rarefação e condensação: e assim dilatando-se dá origem ao fogo, enquanto condensando-se dá origem ao vento e depois às nuvens; em grau maior de densidade forma a água, depois a terra e em seguida as pedras, as outras coisas derivam destas.”
Tomar o Ar como arché (princípio originário) tem por base o fato de este elemento ser invisível, sem limites, mais sutil e imperceptível. Como seus antecessores, Anaxímenes atribui ao seu princípio (Ar) características divinas, tomando como incriado, imutável e imperecível.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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