sexta-feira, 3 de junho de 2011

Uma erótica solar - parte 2

          Outro aspecto da libido libertária discutido por Onfray é a questão da esterilidade voluntária. O autor inicia o assunto afirmando q a possibilidade fisiológica da concepção não constitui uma obrigação moral: o vc pode não significa vc deve. Entretanto as coisas ainda são tratadas dessa forma. E os indivíduos q optam por não terem filhos são questionados ou mal vistos pela sociedade. Muitas vezes são tachados como egoístas ou insensíveis.
            Mas ninguém questiona aquele q gerou um filho para realizar um sonho ou para nele projetar um monte de frustrações ou projetos não realizados. Ninguém discute a concepção não planejada e os problemas sociais, econômicos e psicológicos q ela traz consigo. Muitos tratam os filhos não planejados como um estorvo, algo q está ali para atrapalhar seus projetos de vida.
               Onfray mostra q é justamente quando se ama e se deseja verdadeiramente um filho é que se reflete e se planeja sobre o assunto. E é preciso, antes de tudo, se conhecer e estar maduro, seguro de si, com seu ser e sua vida construídos, porque um filho tem direito pleno ao amor e à vida, às melhores oportunidades e à atenção integral dos pais. Caso vc tenha outros planos para sua vida, o encargo que é dar ao filho tudo isso que é de direito dele deve ser bastante avaliado. Então, optar por não tê-los é, antes, uma decisão responsável e madura do q um ato egoísta ou socialmente e economicamente válido.

             

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